terça-feira, 3 de junho de 2008

Relatório Final sobre o funcionamento do Blog

Introdução: Nesta actividade de grupo tivemos como objectivo abranger um maior número de pessoas, pois a Internet é um “local público” de constante aprendizagem e actualização.

Metodologia: para uma leitura mais relaxada e que suscite mais interesse do leitor pretendemos tornar este blog prático e de linguagem corrente, mostrando um lado mais prático das biotecnologias e não a sua vertente técnica, que tornaria o blog enfadonho para a maioria das pessoas.
Fizemos até uma mapa de publicações mínimas presente no nosso Diário de Bordo, para uma contínua publicação de notícias e curiosidades no âmbito das biotecnologias. No entanto, mais tarde chegamos à conclusão que cada um deveria postar sempre que quisesse e se encontra algo relevante e interessante neste ramo.

Resultados e discussão dos mesmos: os resultados do trabalho neste blog foram muito bons, conseguimos colocar notícias e descobrimentos muito interessantes no ramo da biotecnologia abrangendo de vários modos, diferentes públicos. Além de descobrimentos, publicamos também postagens sobre saídas profissionais no âmbito da biotecnologia. O número de visitas teve aumento gradual, sendo isto um claro sinal da aceitação dos “ciber-leitores”.

Conclusão: em síntese, realizamos a actividade a que nos propusemos inicialmente, tendo sido este blog actualizado com frequência e tendo artigos de interesse comum. Com a “manipulação” deste blog foi-nos possível também a nós, elementos do grupo, um aumento de informação adicional sobre este tema.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Testes de DNA à venda em farmácias norte-americanas

As farmácias norte-americanas começaram a vender os primeiros testes livres de DNA.

Para se verificar, numa primeira análise, a paternidade de uma criança bastam cerca de 20 euros. O novo teste de paternidade chama-se Identigene, dispensa prescrição médica e foi colocado à venda em 4363 farmácias, nos Estados Unidos.

Segundo o Diário Económico, trata-se de um kit de recolha de saliva que depois é enviado para análise, por correio por mais 79 euros. O resultado, garantem, demora cinco dias. No entanto, não é aceite em tribunal como prova de paternidade, mas as pessoas procuram o teste à mesma.

Fonte: http://www.farmacia.com.pt/index.php?name=News&file=article&sid=5648

Opinião pessoal: Esta notícia só nos referencia como as biotecnologias estão cada vez mais em "vogue", ou seja, até um teste de paternidade que antes era algo que só num laboratório especializado seria possível, hoje até em casa o podemos fazer.Todos os avanços trazem imensos benefícios, mas claro que, também, tal liberdade no "julgamento" de paternidades, por exemplo, pode nem sempre ser positivo, por isso acho que tal teste não ser válido num tribunal tem toda a lógica e razão.

Criação de medicamentos para seropositivos com baixa imunidade

Dois investigadores da Universidade da Califórnia (EUA) foram conhecer o trabalho realizado pela Universidade Estadual do Ceará (Uece) na aplicação de biotecnologia com caprinos no combate a doenças como diarreia e imunodeficiência.
Os professores James Murray e Elizabeth Maga visitaram os estábulos do sector de Caprinocultura da Uece, que desenvolve um projecto para obter o primeiro cabrito transgénico da América Latina — em 2006 houve uma tentativa nesse sentido, também na Uece, mas o animal faleceu antes do resultado de comprovação da transgenia.
Os cientistas deram um workshop “Biotecnologia de caprinos como ferramenta para o desenvolvimento social e económico do Nordeste”, na Universidade de Fortaleza (Unifor). De acordo com Vicente Freitas, professor do curso de Medicina Veterinária da Uece e coordenador do projecto, a ideia é implantar um gene humano no DNA de um embrião de caprino, que depois é implantado numa fêmea da espécie. O objectivo é que o animal passe a produzir substâncias de interesse para a ciência.
‘‘Não é uma técnica recente, mas poucos países a dominam’’, explicou Freitas. Há uma semana, nasceu uma ninhada de 23 cabritos originados de embriões geneticamente modificados. Foram implantados nesses embriões um gene humano que estimula a produção de uma proteína pelas glândulas mamárias. A proteína actua no combate à imunodeficiência.
‘‘Depois de o leite passar por um enriquecimento podemos utilizá-lo para produzir medicamentos para pacientes portadores de Sida ou Cancro, que possuem baixa imunidade’’, destaca Freitas. Mas até que esse medicamento chegue ao mercado, o processo de testes para utilização em humanos pode levar até dez anos. Enquanto isso, os cientistas aguardam os resultados dos testes de DNA realizados pela Uece e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), parceira na investigação para determinar se os cabritos apresentam o gene humano, provando que são transgénicos. O principal objectivo da visita é trocar experiências e firmar parcerias na investigação com animais transgénicos.
Os cientistas americanos desenvolvem, há vinte anos, estudos em animais geneticamente modificados a fim de agregar benefícios biológicos ao leite.Uma das experiências realizadas foi a implantação do gene que produz lisozima — que nos seres humanos é encontrada nas lágrimas e em secreções como o leite materno — responsável por combater bactérias que causam problemas gastrointestinais.‘‘Estamos na quinta geração desses animais modificados e tivemos bons resultados com porcos e cabras alimentados com esse tipo de leite. Ainda há um longo caminho até as pesquisas com humanos, mas as perspectivas são boas’’, esclareceu o professor James Murray.
Como grande parte das mulheres não tem como amamentar os seus filhos durante o tempo ideal, o leite modificado pode tornar-se uma alternativa para prevenir doenças no futuro. ‘‘Sabemos que crianças que foram amamentadas estão mais protegidas contra problemas como a diarreia’’, acentua Elizabeth Maga.





Opinião Pessoal: Este artigo mostra muito bem como as biotecnologias aplicadas a processos de produção como o do leite (animais transgénicos, etc) pode ter imensos benefícios no tratamento de doenças tão graves, como por exemplo a SIDA. Sem dúvida uma das áreas mais promissoras na investigação para a cura e tratamento de várias doenças.

Estudante cria Complexo de Golgi artificial para pesquisa de novos medicamentos

Um estudante de graduação do Instituto Politécnico Rensselaer, nos Estados Unidos, desenvolveu um biochip capaz de construir moléculas de açúcar complexas e altamente especializadas, imitando o funcionamento de uma das mais importantes estruturas celulares do organismo humano, o Complexo de Golgi.O Complexo de Golgi é uma organelo celular que finaliza o processo de síntese das proteínas, recobrindo-as com açúcares em arranjos altamente especializados. A molécula acabada, recoberta com os açúcares, é então despachada para a célula para ajudar na comunicação celular e na determinação da função da própria célula no interior do organismo. O Complexo de Golgi artificial, construído por Jeffery Martin, funciona basicamente da mesma forma. O biochip parece-se com um tabuleiro de xadrez, onde os açúcares, enzimas e outros materiais celulares básicos são suspensos em água, podendo ser transportados e misturados aplicando-se uma tensão eléctrica nos quadros de destino do tabuleiro.Esse processo permite a construção de açúcares de forma automatizada, utilizando uma ampla variedade de enzimas encontradas no Complexo de Golgi natural. Eles podem então ser testados em células vivas, seja no interior do próprio biochip ou noutros equipamentos no laboratório, de forma a se determinar os seus efeitos.Com a capacidade oferecida pelo biochip, de processar inúmeras combinações de açúcares e enzimas, de forma rápida e automatizada, os pesquisadores poderão acelerar o processo de descobrimento de novos compostos químicos e de novos medicamentos.Um dos campos promissores de utilização do novo biochip é na produção de heparina, um ácido produzido naturalmente no Complexo de Golgi, e um importante medicamento anticoagulante.A principal fonte de heparina hoje são os intestinos de porcos, animais que também produzem o composto naturalmente. Artigos científicos recentes, contudo, alertaram sobre o risco de contaminação da heparina quando ela é extraída de animais. Por isso, cientistas do mundo todo estão a trabalhar contra o relógio em busca de formas de produção da heparina que evitem a sua contaminação.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Criação de nova base de dados de DNA em Portugal

A criação de uma base de dados de perfis de DNA para fins de identificação civil e de investigação criminal pode ser criada em Portugal a partir do próximo mês, conforme o diploma publicado no Diário da República que foi promulgada pelo Presidente da República no passado dia 22 de Janeiro, depois de em Dezembro do ano passado ter sido aprovada na Assembleia da República.
Esta vai ser a primeira base de dados de perfis de DNA para fins de identificação civil e de investigação criminal, como na exclusão de inocentes ou ligação entre condutas criminosas e ainda o reconhecimento de desaparecidos, nos termos da lei.
No âmbito da investigação criminal, a nova lei permite a comparação de perfis de DNA de amostras recolhidas no local de um crime com os das pessoas que nele possam ter estado envolvidas, mas também a comparação com os perfis já existentes na base de dados. A lei prevê a recolha de amostras de DNA em pessoas ou cadáveres e a comparação destes com o DNA de parentes ou com aqueles existentes na base de dados, com vista à sua identificação. A base de dados de DNA será tutelada pelo Instituto Nacional de Medicina Legal e será construída de modo faseado e gradual, a partir da recolha quer de amostras em voluntários, quer das amostras de investigações criminais.
A lei publicada é semelhante às que vêm sendo aprovadas em vários países europeus, mas enfrenta a apreensão e resistência de vários sectores da sociedade, nomeadamente da Comissão Nacional de Protecção de Dados, do Conselho de Ética para as Ciências da Vida, mas também do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista. Em causa estão designadamente os riscos que estas inovações podem representar para a privacidade das pessoas, a nível local como internacional, tendo em conta a massificação do tratamento de dados pessoais. Nesse sentido, o texto da lei faz referência à protecção dos dados pessoais "de forma transparente e no estrito respeito pela reserva da vida privada".
Esta lei entra em vigor a 12 de Março e o Instituto de Medicina Legal tem seis meses para regular o funcionamento da nova base de dados.

Opinião Pessoal: Mais uma vez é possível verificar como a Genética pode resolver problemas do quotidiano e melhorar a qualidade de vida. Sou favor da criação da base de dados porque é uma coisa que com o tempo será totalmente inevitável, pois a genética manifesta-se cada vez mais na nosso vida, podendo facilitar inúmeras coisas. E quanto ao inconveniente citado como invasões de privacidade, no Laboratório Aberto foi mesmo focado que tal não era verdade pois a informação genética recolhida não é codificante, ou seja, não pode ser "invadida e manipulada".

Visita ao Laboratório Aberto no IPATIMUP

Introdução: nesta actividade, realizada no dia 27 de Fevereiro, teve como objectivo principal mostrar à turma e sensibiliza-la para o papel e importância das biotecnologias, mostrando que pode ser muito interessante e de imensas utilidades. Esta activadas foi realizada também no âmbito da disciplina de biologia pois esta matéria enquadra-se no nosso programa.

Metodologia: estabelecemos contacto, pedimos informações sobre local, datas disponíveis, actividades e outros assuntos relacionados. Depois de termos falado com o professor Joaquim, com o professor Salsa e com o professor António Cunha marcamos a data da visita e as actividades que queríamos efectuar. O dia da visita ficou para dia 27 de Fevereiro de 2008, acompanhados pelos professores José Salsa e pelo professor Joaquim Gonçalves. As actividades que iremos visualizar e participar são as seguintes: “DNA: O criminoso” e “O rastreio dos transgénicos”. As actividades têm a duração de duas horas e trinta minutos e vamos participar numa pela parte de manha e outra pela parte da tarde.
Elaboramos a autorização para os encarregados de educação mais o respectivo programa. A viagem com o respectivo seguro tem um custo associado de 15€ suportado pelos respectivos alunos.

Resultados e discussão dos mesmos: Depois de efectuarmos a visita aos Laboratórios Abertos, no dia 27 de Fevereiro de 2008, foi uma mais valia para o nosso projecto final.
Depois de chegarmos ao Porto, mais propriamente ao IPATIMUP, dirigimo-nos para a Rua do Tâmega, onde numa escola se encontrava o Laboratório Abertos. Os dois coordenadores que nos apresentaram as instalações e que estiveram ao nosso dispor foram a Dora e o Leandro.
A primeira actividade foi o Rastreio dos Transgénicos e realizou-se pela parte da manha com início pelas 10:00 horas e com termos pelas 13:00 horas. Essa primeira actividade foi dividida em duas partes. A primeira parte foi uma breve introdução sobre o tema dos transgénicos e sobre o que iríamos fazer na parte prática da actividade. Depois desta breve introdução fomos divididos em dois grupos, um ficou com o Leandro e outro acompanhou a Dora. Os que ficaram com o Leandro, estiveram num debate em que o tema era o consumo ou o não consumo dos transgénicos. O professor Joaquim ficou do lado do contra juntamente com o nosso grupo e o moderador foi o coordenador Leandro. Para nos ajudar ao debate foi distribuído umas folhas com algumas notícias sobre transgénicos e o debate teve a duração de 50 minutos.
Depois fomos para a sala de actividades práticas onde a coordenadora Dora nos deu algumas noções sobre alguns objectos e aparelhos, formas de manuseamento e de precaução. Depois de ter explicado tudo explicou a actividade na qual íamos participar, actividade que consistia ver entre 4 vegetais quais deles eram transgénicos. Depois de realizarmos todos os procedimentos vimos que o único alimento Transgénicos era a soja.
A actividade que realizamos de tarde O DNA: O criminoso foi basicamente igual à realizada de manha. Na primeira parte estivemos a rever breves introduções sobre o DNA, e depois como na parte de manha a turma foi dividida em dois grupos. Durante a tarde estivemos mais livres, a actividade não foi tão massiva e aborrecida. A actividade realizada no laboratório era bastante simples, e foi realizada com elevado sucesso. No fim da actividade a coordenadora Dora ainda nos deixou ver a fluorescência das bactérias.
Depois agradecemos aos coordenadores pela sua disponibilidade e salientamos que é um projecto a divulgar e que deveriam continuar o excelente trabalho.

Conclusão: em síntese, opinião do nosso grupo sobre o Laboratório Aberto é que foi uma actividade muito interessante, inovadora e aprendemos muito. Sem dúvida que foi um projecto paulito bem investido por parte do grupo; tendo toda a turma apreciado e aprendido imenso na visita correspondendo ás nossas expectativas.

Plantas transgénicas produzem colagénio seguro para humanos

Uma investigação feita na Faculdade de Agricultura da Universidade Hebraica de Jerusalém conseguiu através da transformação genética do Nicotina Tabacum (planta do tabaco) produzir colagénio humano recombinante para uso em cirurgias estéticas e reconstrutivas.
O Professor Oded Shoseyov que participou do desenvolvimento desta nova variedade de tabaco, é o primeiro pesquisador a introduzir cinco genes humanos diferentes em uma única célula vegetal para produção de colagénio totalmente funcional para humanos. O colagénio é uma proteína com grande interesse por ser a grande responsável pela firmeza da pele, o que a torna muito procurada para qualquer processo estético, como na utilização no tratamento de rugas, cirurgias plásticas, regeneração de tecidos, cura de feridas, queimaduras e ortopedia. Até recentemente, grande parte do colagénio produzido era de origem animal o que levantava muitas preocupações com as doenças infecciosas transmitidas de animais para os seres humanos, o que em alguns países, como o Japão, levou á proibição do uso de colagénio em humanos de origem animal. Além disso, a Food and Drug Administration (FDA), órgão norte-americano responsável pela segurança de alimentos e remédios, sugeriu a limitação do uso de colagénio de origem animal em intervenções médicas.
A pesquisa mostra muitas vantagens do colagénio derivado de plantas GM – geneticamente modificadas, como o fato de estarem isentas de quaisquer potencial viral. "É mais seguro, mais eficaz em termos de custos e muito mais homogéneo do que utilizar materiais extraídos do tecido", afirmou Oded Shoseyov. Além disso, enquanto a maioria das pessoas tolera colagénio de animais, outras têm reacções alérgicas. Isso é um problema porque significa que todos devem fazer um pré-teste para ver como reage o sistema imunitário, o que demora, normalmente, um mês e como o próprio pesquisador ressalva, quando se trata de estética, os pacientes não querem esperar e em casos como o de queimaduras, o factor tempo é muitas vezes essencial, já que a espera de um mês pode resultar em morte do paciente.
Os testes de toxicologia e de segurança foram bem-sucedidos, pois de acordo com Shoseyov o colagénio transgénico tem mostrado semelhança ao colagénio do tipo 1 presente em tecidos de forma natural.

Opinião Pessoal: Esta notícia só vem mostrar como os OGM e as várias formas actuantes da genética como o DNA recombinante podem ser de grande benefício para o homem e não trazer consequências imensamente negativas como muitas pessoas pensam.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Genes e a sua influencia

Os factores genéticos podem contribuir 60% para a vulnerabilidade do ser humano para drogas e outras substâncias que podem provocar dependência. A afirmação é de cientistas chineses que dizem ter identificado 396 genes e cinco "vias biológicas" relacionados à dependência à cocaína, ao ópio, à nicotina e ao álcool. O objectivo da pesquisa é desenvolver métodos para o tratamento da toxicomania ou ao abuso de álcool e do tabaco. Estudos publicados nas últimas três décadas encontraram mais de 2,3 mil evidências sobre a possível vinculação entre os genes e a dependência química.

Crítica: Esta postagem mostra as enormes potencialidades das biotecnologia e o seu poder na sociedade. Podemos agora imaginar uma sociedade sem drogas nem alcool.

domingo, 9 de março de 2008

Boas noticias para os cozinheiros!

Um grupo de cientistas da Nova Zelândia e do Japão criaram uma cebola que "não faz chorar", ao desligarem o gene responsável pela enzima que produz essa reacção, noticiou hoje a imprensa britânica. Um dos autores da investigação, Colin Eady, garantiu que a descoberta poderá acabar com um dos maiores enigmas da cozinha – a relação entre a cebola e as lágrimas.

O instituto de investigação neo-zelandês “Crop and Food” recorreu a tecnologia australiana de silenciamento de genes neste projecto, que começou em 2002, depois de cientistas japoneses terem identificado o gene responsável pela produção da enzima lacrimogénea. "Pensávamos que o agente lacrimogéneo era produzido espontaneamente pelo corte das cebolas, mas eles (os cientistas japoneses) provaram que era controlado por uma enzima", referiu Eady. A enzima é libertada com o corte da cebola e desencadeia uma cadeia de reacções químicas de que resulta a formação de um irritante que estimula as glândulas lacrimais dos olhos e provoca as lágrimas. "A tecnologia de silenciamento de genes cria uma sequência que desliga o gene indutor das lágrimas na cebola, impedindo-o de produzir a enzima", explicou. O cientista reconheceu que o sabor do bolbo poderá ser afectado pela alteração da sua composição genética, mas espera que possa ser melhorado numa fase posterior da investigação. "O que esperamos é ter essencialmente muito dos aromas agradáveis e doces das cebolas, sem o amargo associado ao factor lacrimogéneo", adiantou.

Apesar da expectativa que a descoberta possa criar no público, a maioria dos cozinheiros terá de esperar 10 a 15 anos para poder picar cebolas sem chorar, preveniu o cientista.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Primeiro coração biológico concebido em laboratório

Cientistas revitalizam coração de animal morto, recorrendo a técnica celular. Avanço poderá abrir um novo precedente no domínio da medicina bio-artificial, permitindo o desenvolvimento de órgãos em laboratório, para transplante. Diz-se que é uma espécie de fusão entre um órgão artificial e um biológico, ainda que não recorra a "apetrechos" da ficção científica, como próteses de qualquer género.Partindo do órgão de um animal morto, os cientistas começam por retirar as células cardíacas, deixando apenas o tecido que forma a estrutura. Em seguida reinjectam as de animais recém-nascidos. Findo o processo, descrito em linhas simples, aguardam que o coração bata regularmente, o que poderá durar uma semana.O avanço, publicado na revista Nature Medicine, abre caminho à produção de órgãos para transplante. O objectivo é desenvolver, a partir daqui, vasos sanguíneos transplantáveis e órgãos completos a partir de células humanas. Para já, os especialistas não arriscam saltar dos porcos e ratos, atendendo à delicadeza do processo, que poderá constituir a base para a medicina do futuro.A engenharia que permite o desenvolvimento de tecidos artificiais, a partir de células, não é uma novidade, podendo ser aplicada à produção de pele artificial (para tratar grandes queimados), cartilagens e tecidos ósseos. A originalidade desta técnica é que parte da arquitectura de um coração natural, que se regenera.A equipa de investigadores, dirigida por Doris Taylor, da Universidade do Minnesota, pretende agora construir um coração não com células cardíacas imaturas, mas com células estaminais, capazes de dar origem a todos os tecidos do organismo.
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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Agrobiotecnologia cresce 12% ao nível mundial em 2007

Durante o ano de 2007, e após 12 anos de utilização, foram cultivados 114,3 milhões de hectares de variedades geneticamente modificadas.
Este valor significa um aumento de 12% em relação a 2006, segundo o relatório anual do ISAAA – Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Agrobiotecnológicas, divulgado dia 13. Esta área corresponde já a 8% do total de solos disponíveis para agricultura em todo o mundo.O número de agricultores que beneficiou com o cultivo de variedades geneticamente modificadas (GM) aumentou de 10 para 12 milhões, em 23 países. O número de países em vias de desenvolvimento (12) que utiliza a agrobiotecnologia ultrapassou o número de países desenvolvidos (11), tendo a taxa de crescimento de utilização triplicado no conjunto desses 12 países. Segundo o ISAAA, 90% dos utilizadores desta tecnologia são pequenos agricultores e estão nos países em desenvolvimento.A soja continua a ser a principal cultura GM utilizada pelos agricultores, ocupando 58,6 milhões ha, ou seja 57% da área cultivada por variedades transgénicas. O milho, o algodão e a colza são as outras três culturas mais utilizadas, com 25%, 13% e 5% da área utilizada com culturas transgénicas.Em 2007, os Estados Unidos da América, a Argentina, o Brasil, o Canadá, a Índia e a China foram os principais países a adoptarem a engenharia genética na agricultura. O ISAAA prevê um aumento do número de países utilizadores nos próximos anos, assim como de área cultivada e o número espécies geneticamente modificadas. Entre elas, o arroz, o trigo e beringela.
Fonte: CIB – Centro de Informação de Biotecnologia

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Galinha dos ovos verdes


Rabanita", uma galinha que em um primeiro momento parece ser uma ave normal, vem chamando atenção na província de Huecatitla, no México, ao colocar ovos em tom esverdeado.
Até agora, ninguém conseguiu dar uma explicação para o fenômeno, afirma Elvira Romero, dona de Rabanita, mostrando orgulhosa um cesto cheio de ovos verdes.


Esteban Rosas, o marido de Elvira, assegurou que "todo mundo da cidade veio ver, porque ninguém acreditava".


Elvira agora é conhecida como "a mulher da galinha dos ovos verdes" e até mesmo seu neto, de 11 anos, está fazendo sucesso na escola.


Rabanita é a única das 13 galinhas de Elvira que coloca ovos verdes e ela diz estar tomando conta da ave "com todo carinho".


"Não vou deixá-la até que Deus a leve", disse.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Gene pode explicar evolução do cérebro humano

Gene pode explicar a evolução do cérebro humano

Cientistas descobriram uma sequência genética que passou por mudanças evolucionárias, aceleradas, nos humanos e pode explicar o porquê do cérebro humano ser mais desenvolvido que o dos outros animais.
Um estudo internacional, liderado por pesquisadores da Universidade da Califórnia, Santa Cruz, usou computadores para comparar os genomas de chimpanzés, humanos e outros vertebrados para identificar quais elementos do genoma humano haviam passado por mudanças radicais ao longo dos milénios.
No topo da lista que foi feita pelos pesquisadores ficou a região genética chamada de HAR1, activa no cérebro humano durante uma época fundamental no seu desenvolvimento: as primeiras semanas de vida dos fetos.
O gene actua em células nervosas chamadas Cajal-Retzius, que têm papel fundamental na formação da estrutura em camadas do córtex cerebral humano e no crescimento e formação das conexões entre os neurónios.
"A descoberta é muito interessante porque o córtex humano é três vezes maior que nos nossos predecessores. Alguma coisa fez com que nossos cérebros evoluíssem para ser muito maiores e ter mais funções que os cérebros de outros mamíferos", diz David Haussler, director do Centro de Ciência Biomolecular e Engenharia da universidade.

O estudo, publicado pela revista "Nature", mostra que o HAR1 é essencialmente o mesmo em todos os mamíferos, excepto nos humanos.
Há apenas duas diferenças entre os genomas das galinhas e dos chimpanzés na sequência HAR1 de 118 bases – as subunidades de DNA.
Isso significa que ela permaneceu a mesma durante centenas de milhões de anos de história evolucionária, uma indicação de que tem uma função biológica importante.
Mas em algum momento entre 5 milhões e 7 milhões de anos atrás, o HAR1 começou a mudar dramaticamente. "Encontramos 18 diferenças entre chimpanzés e humanos, o que representa uma mudança incrível para uns poucos milhões de anos", afirma Katherine Pollard, que liderou a pesquisa.
Os cientistas acreditam que este gene não apenas controla a produção de proteínas, como a maioria, mas tem um papel na modificação da função de outros genes.
"A nossa hipótese é que as mudanças ocorridas nos humanos preservaram a função geral da molécula, mas de alguma forma alteraram suas interacções com outras estruturas. Essas diferenças podem ter alguma coisa a ver com o que faz que nosso cérebro seja diferente do de um chimpanzé", diz Sofie Salama, outra cientista que liderou o estudo.
Pesquisas que estão a ser feitas no momento podem levar a descobertas mais definitivas sobre as funções do HAR1 no desenvolvimento do cérebro humano.


Fonte: http://newssearch.bbc.co.uk


Opinião Pessoal: na minha opinião tais descobertas e pesquisas são bastante importantes, pois assim é possível ter uma melhor percepção sobre a nossa condição enquanto humanos - seres pensantes! Mostra-nos também como o DNA e seus constituintes têm total importância em quem somos e como somos, e como uma simples mudança nos seus constituintes faz toda a diferença!

domingo, 27 de janeiro de 2008

Genoma sintéctico

"Investigadores norte-americanos do Instituto Venter anunciaram hoje ter conseguido criar em laboratório o primeiro genoma sintético de uma bactéria, um passo considerado crucial para a criação de uma forma de vida artificial.
Trata-se da maior estrutura de ADN - a estrutura base da vida - alguma vez fabricada pelo homem, destacam os autores deste estudo, publicado hoje na revista científica norte-americana Science.
«Isto representa um avanço entusiasmante para nós investigadores e para esta disciplina», afirmou hoje Dan Gibson, principal autor do estudo, no qual também participou Craig Venter, fundador do Instituto e um dos mais controversos pioneiros da biotecnologia.
Porém, o principal responsável pelo documento sublinhou que os trabalhos continuam «com o objectivo último de inserir um cromossoma sintético numa célula [viva] para criar o primeiro organismo artificial».
«Demonstrámos que é possível criar artificialmente grandes genomas e ajustar o seu tamanho, o que abre caminho para potenciais aplicações importantes, tais como a produção de biocombustíveis ou para o absorção de dióxido de carbono [CO2]», explicou por sua vez Hamilton Smith, um dos co-autores da investigação.
De acordo com este investigador, através desta descoberta será também possível produzir organismos artificiais para o tratamento biológico de resíduos tóxicos, entre outros.
O principal autor do estudo, Dan Gibson, precisou que a pesquisa «representa a segunda das três etapas para a criação de um organismo vivo inteiramente artificial».
Para a etapa final - na qual os especialistas já se encontram a trabalhar - os investigadores do Instituto Venter vão tentar criar uma célula artificial de bactéria baseada inteiramente no genoma sintético da bactéria 'Mycoplasma genitalium', que acabam de produzir.
Ou seja, este cromossoma será transplantado para uma célula viva, da qual poderá tomar o controle e transformar-se em uma nova forma viva.
O genoma que os investigadores conseguiram criar em laboratório copia partes essenciais do ADN da bactéria "Mycoplasma genitalium" e foi baptizado pelos seus criadores de 'Mycoplasma laboratorium'.
O Mycoplasma genitalium é um organismo relativamente simples quando comparado com um ser humano, já que é composta por 580 genes enquanto um humano é composto por 36 mil genes.
Citado pelo jornal britânico The Guardian, o fundador do Instituto, Craig Venter, já tinha afirmado que esta descoberta iria permitir aos investigadores «passar da leitura do código genético para a possibilidade de ter a habilidade de escrevê-lo».
«Isto dá-nos a capacidade hipotética de fazer coisas que não foram imaginadas antes», frisou.
De acordo com Pat Mooney, director da organização canadiana ETC Group, um grupo de reflexão sobre bioética, os investigadores estão a criar «um chassis sobre o qual se pode construir praticamente qualquer coisa».
«Pode-se tornar numa contribuição à humanidade tão grande como um novo medicamento, ou uma enorme ameaça, como uma arma biológica», advertiu."

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

'Doping genético' pode alterar futuro do desporto

Terapia pode ser usada por atletas para aumentar performance. mais um exemplo de as Biotecnologias podem ser usadas em tudo o que nos rodeia!

Uma nova pesquisa, que deve começar a ser testada em humanos, mostrou que é possível, através da terapia genética, aumentar em até 20% a massa muscular de ratos, tornando-os mais fortes e velozes.
Inicialmente, desenvolvida para tratar doenças musculares, geralmente associadas ao envelhecimento, a terapia está preocupando especialistas porque pode ser usada por atletas que desejam aumentar a sua performance.
O estudo, apresentado durante o encontro anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, em Seattle, consiste no uso de um vírus que leva um gene sintético directamente aos músculos dos animais - tornando-os "super-ratos".
Lee Sweeney, da Universidade da Pensilvânia, é o principal cientista envolvido na terapia.
Ele afirmou que o estudo em ratos já está bastante avançado e a técnica já está pronta para começar a ser testada em seres humanos.

"A diferença entre a terapia genética e outras formas de doping seria que ela aumenta a massa muscular por mais tempo, os ratos ficam durante meses mais fortes, e não é detectada no sangue ou na urina, como outras formas de doping. Por isso, temos motivos para nos preocupar", disse Sweeney.
O cientista contou que, em ano de Olimpíadas, ele vem sendo procurado, via e-mail, por uma quantidade enorme de atletas interessados em ser submetidos à terapia.
"Os idosos correspondem a apenas metade do grupo interessado. Os atletas nem se preocupam com os riscos que essa terapia ainda apresenta", explicou.
Os pesquisadores salientaram a importância de órgãos anti-doping e organizações como o Comitê Olímpico Internacional discutirem o problema, já que essa terapia genética pode se tornar uma realidade em breve.

"É preciso que mostremos os benefícios dela contra doenças, mas que também não deixemos ela cair nas mãos de atletas que estragarão a beleza do desporto", disse Richard Pound, da Agência Mundial Anti-Doping e professor da Universidade McGill.
Os vírus, conhecidos como AAV, são manipulados em laboratório.
Os cientistas retiram o seu material genético e substituem-no pelo gene de seu interesse - no caso, um factor de crescimento semelhante à insulina chamado IGF-1.
"Esse gene modificado foi injectado no músculo dos ratos, aumentando a performance", disse Sweeney.
O cientista relatou ainda ter conseguido "ligar" e "desligar" o gene dentro dos músculos, reduzindo os riscos de os ratos desenvolverem problemas já previamente associados à terapia genética, como o aparecimento de câncer e doenças sanguíneas.
Opinião Pessoal: realmente aqui é nos apresentado como as biotecnologias podem influenciar o nosso quotidiano. mas como em tudo existem vantagens e desvantagens, e mais uma vez os problemas éticos são-nos postos como "barreira"!!!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Biotecnologias e algumas das suas saídas profissionais

Ambiente
- Controlo ambiental

Industria Agrícola e Alimentar
- Controlo de qualidade dos produtos
- Desenvolvimento de produtos biotecnologicamente modificados
- Produção de alimentos e outros produtos biológicos
- Produção de biocombustíveis

Industria de Biotecnologia
- Desenvolvimento de enzimas e proteínas industriais
- Domínios de intervenção nas áreas agrícola, animal e florestal

Industria Farmacêutica
- Comercio e aplicação de produtos naturais medicinais, dietéticos e cosméticos

Serviços públicos e outros
- Ensino e educação
- Empresas comerciais
- Gabinetes e empresas de consultadoria
- Colaboração em equipas de investigação, desenvolvimento e transferência de biotecnologia.
- Desenvolver os seus próprios projectos empresariais

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Despertador incorporado...literalmente!

Sabe aquelas situações em que você não pode perder a hora e acorda minutos antes do despertador tocar? Pois cientistas americanos podem estar perto de descobrir como isso funciona. Eles afirmam ter identificado o dispositivo químico que accionaria o mecanismo genético regulador do chamado “relógio biológico” do corpo humano. O estudo aponta que, apesar de o processo envolver vários genes complexos, o mecanismo do relógio biológico é controlado, em última instância, pela acção de um único aminoácido. De acordo com as pesquisas, a descoberta pode ajudar no desenvolvimento de tratamentos mais eficazes contra distúrbios do sono. E, quem sabe, para que deixemos de lado os malditos despertadores!

Dieta e genes??

Uma pesquisa britânica levantou a suspeita de que a preferência alimentar das pessoas pode estar mais ligada à predisposição genética do que à escolha. Pois é, até aquela sua preferência por fígado pode ser herdada dos pais. Uma equipa de cientistas do Kings College London comparou os hábitos alimentares de milhares de gémeos e constatou que gémeos identicos têm uma probabilidade muito maior de adoptar o mesmo tipo de dieta. Os resultados sugerem que 41% a 48% da preferência de uma pessoa por um determinado grupo de alimentos é influenciada por seus genes. Segundo alguns especialistas, isto significa que deficiências na dieta alimentar de uma pessoa ou de um grupo podem ser mais difíceis de corrigir por meio de campanhas de consciencia do que se supunha. E pode também dificultar a vida dos pais na hora de raspanetes ao filho que não gosta de brócolos...