terça-feira, 3 de junho de 2008

Relatório Final sobre o funcionamento do Blog

Introdução: Nesta actividade de grupo tivemos como objectivo abranger um maior número de pessoas, pois a Internet é um “local público” de constante aprendizagem e actualização.

Metodologia: para uma leitura mais relaxada e que suscite mais interesse do leitor pretendemos tornar este blog prático e de linguagem corrente, mostrando um lado mais prático das biotecnologias e não a sua vertente técnica, que tornaria o blog enfadonho para a maioria das pessoas.
Fizemos até uma mapa de publicações mínimas presente no nosso Diário de Bordo, para uma contínua publicação de notícias e curiosidades no âmbito das biotecnologias. No entanto, mais tarde chegamos à conclusão que cada um deveria postar sempre que quisesse e se encontra algo relevante e interessante neste ramo.

Resultados e discussão dos mesmos: os resultados do trabalho neste blog foram muito bons, conseguimos colocar notícias e descobrimentos muito interessantes no ramo da biotecnologia abrangendo de vários modos, diferentes públicos. Além de descobrimentos, publicamos também postagens sobre saídas profissionais no âmbito da biotecnologia. O número de visitas teve aumento gradual, sendo isto um claro sinal da aceitação dos “ciber-leitores”.

Conclusão: em síntese, realizamos a actividade a que nos propusemos inicialmente, tendo sido este blog actualizado com frequência e tendo artigos de interesse comum. Com a “manipulação” deste blog foi-nos possível também a nós, elementos do grupo, um aumento de informação adicional sobre este tema.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Testes de DNA à venda em farmácias norte-americanas

As farmácias norte-americanas começaram a vender os primeiros testes livres de DNA.

Para se verificar, numa primeira análise, a paternidade de uma criança bastam cerca de 20 euros. O novo teste de paternidade chama-se Identigene, dispensa prescrição médica e foi colocado à venda em 4363 farmácias, nos Estados Unidos.

Segundo o Diário Económico, trata-se de um kit de recolha de saliva que depois é enviado para análise, por correio por mais 79 euros. O resultado, garantem, demora cinco dias. No entanto, não é aceite em tribunal como prova de paternidade, mas as pessoas procuram o teste à mesma.

Fonte: http://www.farmacia.com.pt/index.php?name=News&file=article&sid=5648

Opinião pessoal: Esta notícia só nos referencia como as biotecnologias estão cada vez mais em "vogue", ou seja, até um teste de paternidade que antes era algo que só num laboratório especializado seria possível, hoje até em casa o podemos fazer.Todos os avanços trazem imensos benefícios, mas claro que, também, tal liberdade no "julgamento" de paternidades, por exemplo, pode nem sempre ser positivo, por isso acho que tal teste não ser válido num tribunal tem toda a lógica e razão.

Criação de medicamentos para seropositivos com baixa imunidade

Dois investigadores da Universidade da Califórnia (EUA) foram conhecer o trabalho realizado pela Universidade Estadual do Ceará (Uece) na aplicação de biotecnologia com caprinos no combate a doenças como diarreia e imunodeficiência.
Os professores James Murray e Elizabeth Maga visitaram os estábulos do sector de Caprinocultura da Uece, que desenvolve um projecto para obter o primeiro cabrito transgénico da América Latina — em 2006 houve uma tentativa nesse sentido, também na Uece, mas o animal faleceu antes do resultado de comprovação da transgenia.
Os cientistas deram um workshop “Biotecnologia de caprinos como ferramenta para o desenvolvimento social e económico do Nordeste”, na Universidade de Fortaleza (Unifor). De acordo com Vicente Freitas, professor do curso de Medicina Veterinária da Uece e coordenador do projecto, a ideia é implantar um gene humano no DNA de um embrião de caprino, que depois é implantado numa fêmea da espécie. O objectivo é que o animal passe a produzir substâncias de interesse para a ciência.
‘‘Não é uma técnica recente, mas poucos países a dominam’’, explicou Freitas. Há uma semana, nasceu uma ninhada de 23 cabritos originados de embriões geneticamente modificados. Foram implantados nesses embriões um gene humano que estimula a produção de uma proteína pelas glândulas mamárias. A proteína actua no combate à imunodeficiência.
‘‘Depois de o leite passar por um enriquecimento podemos utilizá-lo para produzir medicamentos para pacientes portadores de Sida ou Cancro, que possuem baixa imunidade’’, destaca Freitas. Mas até que esse medicamento chegue ao mercado, o processo de testes para utilização em humanos pode levar até dez anos. Enquanto isso, os cientistas aguardam os resultados dos testes de DNA realizados pela Uece e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), parceira na investigação para determinar se os cabritos apresentam o gene humano, provando que são transgénicos. O principal objectivo da visita é trocar experiências e firmar parcerias na investigação com animais transgénicos.
Os cientistas americanos desenvolvem, há vinte anos, estudos em animais geneticamente modificados a fim de agregar benefícios biológicos ao leite.Uma das experiências realizadas foi a implantação do gene que produz lisozima — que nos seres humanos é encontrada nas lágrimas e em secreções como o leite materno — responsável por combater bactérias que causam problemas gastrointestinais.‘‘Estamos na quinta geração desses animais modificados e tivemos bons resultados com porcos e cabras alimentados com esse tipo de leite. Ainda há um longo caminho até as pesquisas com humanos, mas as perspectivas são boas’’, esclareceu o professor James Murray.
Como grande parte das mulheres não tem como amamentar os seus filhos durante o tempo ideal, o leite modificado pode tornar-se uma alternativa para prevenir doenças no futuro. ‘‘Sabemos que crianças que foram amamentadas estão mais protegidas contra problemas como a diarreia’’, acentua Elizabeth Maga.





Opinião Pessoal: Este artigo mostra muito bem como as biotecnologias aplicadas a processos de produção como o do leite (animais transgénicos, etc) pode ter imensos benefícios no tratamento de doenças tão graves, como por exemplo a SIDA. Sem dúvida uma das áreas mais promissoras na investigação para a cura e tratamento de várias doenças.

Estudante cria Complexo de Golgi artificial para pesquisa de novos medicamentos

Um estudante de graduação do Instituto Politécnico Rensselaer, nos Estados Unidos, desenvolveu um biochip capaz de construir moléculas de açúcar complexas e altamente especializadas, imitando o funcionamento de uma das mais importantes estruturas celulares do organismo humano, o Complexo de Golgi.O Complexo de Golgi é uma organelo celular que finaliza o processo de síntese das proteínas, recobrindo-as com açúcares em arranjos altamente especializados. A molécula acabada, recoberta com os açúcares, é então despachada para a célula para ajudar na comunicação celular e na determinação da função da própria célula no interior do organismo. O Complexo de Golgi artificial, construído por Jeffery Martin, funciona basicamente da mesma forma. O biochip parece-se com um tabuleiro de xadrez, onde os açúcares, enzimas e outros materiais celulares básicos são suspensos em água, podendo ser transportados e misturados aplicando-se uma tensão eléctrica nos quadros de destino do tabuleiro.Esse processo permite a construção de açúcares de forma automatizada, utilizando uma ampla variedade de enzimas encontradas no Complexo de Golgi natural. Eles podem então ser testados em células vivas, seja no interior do próprio biochip ou noutros equipamentos no laboratório, de forma a se determinar os seus efeitos.Com a capacidade oferecida pelo biochip, de processar inúmeras combinações de açúcares e enzimas, de forma rápida e automatizada, os pesquisadores poderão acelerar o processo de descobrimento de novos compostos químicos e de novos medicamentos.Um dos campos promissores de utilização do novo biochip é na produção de heparina, um ácido produzido naturalmente no Complexo de Golgi, e um importante medicamento anticoagulante.A principal fonte de heparina hoje são os intestinos de porcos, animais que também produzem o composto naturalmente. Artigos científicos recentes, contudo, alertaram sobre o risco de contaminação da heparina quando ela é extraída de animais. Por isso, cientistas do mundo todo estão a trabalhar contra o relógio em busca de formas de produção da heparina que evitem a sua contaminação.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Criação de nova base de dados de DNA em Portugal

A criação de uma base de dados de perfis de DNA para fins de identificação civil e de investigação criminal pode ser criada em Portugal a partir do próximo mês, conforme o diploma publicado no Diário da República que foi promulgada pelo Presidente da República no passado dia 22 de Janeiro, depois de em Dezembro do ano passado ter sido aprovada na Assembleia da República.
Esta vai ser a primeira base de dados de perfis de DNA para fins de identificação civil e de investigação criminal, como na exclusão de inocentes ou ligação entre condutas criminosas e ainda o reconhecimento de desaparecidos, nos termos da lei.
No âmbito da investigação criminal, a nova lei permite a comparação de perfis de DNA de amostras recolhidas no local de um crime com os das pessoas que nele possam ter estado envolvidas, mas também a comparação com os perfis já existentes na base de dados. A lei prevê a recolha de amostras de DNA em pessoas ou cadáveres e a comparação destes com o DNA de parentes ou com aqueles existentes na base de dados, com vista à sua identificação. A base de dados de DNA será tutelada pelo Instituto Nacional de Medicina Legal e será construída de modo faseado e gradual, a partir da recolha quer de amostras em voluntários, quer das amostras de investigações criminais.
A lei publicada é semelhante às que vêm sendo aprovadas em vários países europeus, mas enfrenta a apreensão e resistência de vários sectores da sociedade, nomeadamente da Comissão Nacional de Protecção de Dados, do Conselho de Ética para as Ciências da Vida, mas também do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista. Em causa estão designadamente os riscos que estas inovações podem representar para a privacidade das pessoas, a nível local como internacional, tendo em conta a massificação do tratamento de dados pessoais. Nesse sentido, o texto da lei faz referência à protecção dos dados pessoais "de forma transparente e no estrito respeito pela reserva da vida privada".
Esta lei entra em vigor a 12 de Março e o Instituto de Medicina Legal tem seis meses para regular o funcionamento da nova base de dados.

Opinião Pessoal: Mais uma vez é possível verificar como a Genética pode resolver problemas do quotidiano e melhorar a qualidade de vida. Sou favor da criação da base de dados porque é uma coisa que com o tempo será totalmente inevitável, pois a genética manifesta-se cada vez mais na nosso vida, podendo facilitar inúmeras coisas. E quanto ao inconveniente citado como invasões de privacidade, no Laboratório Aberto foi mesmo focado que tal não era verdade pois a informação genética recolhida não é codificante, ou seja, não pode ser "invadida e manipulada".

Visita ao Laboratório Aberto no IPATIMUP

Introdução: nesta actividade, realizada no dia 27 de Fevereiro, teve como objectivo principal mostrar à turma e sensibiliza-la para o papel e importância das biotecnologias, mostrando que pode ser muito interessante e de imensas utilidades. Esta activadas foi realizada também no âmbito da disciplina de biologia pois esta matéria enquadra-se no nosso programa.

Metodologia: estabelecemos contacto, pedimos informações sobre local, datas disponíveis, actividades e outros assuntos relacionados. Depois de termos falado com o professor Joaquim, com o professor Salsa e com o professor António Cunha marcamos a data da visita e as actividades que queríamos efectuar. O dia da visita ficou para dia 27 de Fevereiro de 2008, acompanhados pelos professores José Salsa e pelo professor Joaquim Gonçalves. As actividades que iremos visualizar e participar são as seguintes: “DNA: O criminoso” e “O rastreio dos transgénicos”. As actividades têm a duração de duas horas e trinta minutos e vamos participar numa pela parte de manha e outra pela parte da tarde.
Elaboramos a autorização para os encarregados de educação mais o respectivo programa. A viagem com o respectivo seguro tem um custo associado de 15€ suportado pelos respectivos alunos.

Resultados e discussão dos mesmos: Depois de efectuarmos a visita aos Laboratórios Abertos, no dia 27 de Fevereiro de 2008, foi uma mais valia para o nosso projecto final.
Depois de chegarmos ao Porto, mais propriamente ao IPATIMUP, dirigimo-nos para a Rua do Tâmega, onde numa escola se encontrava o Laboratório Abertos. Os dois coordenadores que nos apresentaram as instalações e que estiveram ao nosso dispor foram a Dora e o Leandro.
A primeira actividade foi o Rastreio dos Transgénicos e realizou-se pela parte da manha com início pelas 10:00 horas e com termos pelas 13:00 horas. Essa primeira actividade foi dividida em duas partes. A primeira parte foi uma breve introdução sobre o tema dos transgénicos e sobre o que iríamos fazer na parte prática da actividade. Depois desta breve introdução fomos divididos em dois grupos, um ficou com o Leandro e outro acompanhou a Dora. Os que ficaram com o Leandro, estiveram num debate em que o tema era o consumo ou o não consumo dos transgénicos. O professor Joaquim ficou do lado do contra juntamente com o nosso grupo e o moderador foi o coordenador Leandro. Para nos ajudar ao debate foi distribuído umas folhas com algumas notícias sobre transgénicos e o debate teve a duração de 50 minutos.
Depois fomos para a sala de actividades práticas onde a coordenadora Dora nos deu algumas noções sobre alguns objectos e aparelhos, formas de manuseamento e de precaução. Depois de ter explicado tudo explicou a actividade na qual íamos participar, actividade que consistia ver entre 4 vegetais quais deles eram transgénicos. Depois de realizarmos todos os procedimentos vimos que o único alimento Transgénicos era a soja.
A actividade que realizamos de tarde O DNA: O criminoso foi basicamente igual à realizada de manha. Na primeira parte estivemos a rever breves introduções sobre o DNA, e depois como na parte de manha a turma foi dividida em dois grupos. Durante a tarde estivemos mais livres, a actividade não foi tão massiva e aborrecida. A actividade realizada no laboratório era bastante simples, e foi realizada com elevado sucesso. No fim da actividade a coordenadora Dora ainda nos deixou ver a fluorescência das bactérias.
Depois agradecemos aos coordenadores pela sua disponibilidade e salientamos que é um projecto a divulgar e que deveriam continuar o excelente trabalho.

Conclusão: em síntese, opinião do nosso grupo sobre o Laboratório Aberto é que foi uma actividade muito interessante, inovadora e aprendemos muito. Sem dúvida que foi um projecto paulito bem investido por parte do grupo; tendo toda a turma apreciado e aprendido imenso na visita correspondendo ás nossas expectativas.

Plantas transgénicas produzem colagénio seguro para humanos

Uma investigação feita na Faculdade de Agricultura da Universidade Hebraica de Jerusalém conseguiu através da transformação genética do Nicotina Tabacum (planta do tabaco) produzir colagénio humano recombinante para uso em cirurgias estéticas e reconstrutivas.
O Professor Oded Shoseyov que participou do desenvolvimento desta nova variedade de tabaco, é o primeiro pesquisador a introduzir cinco genes humanos diferentes em uma única célula vegetal para produção de colagénio totalmente funcional para humanos. O colagénio é uma proteína com grande interesse por ser a grande responsável pela firmeza da pele, o que a torna muito procurada para qualquer processo estético, como na utilização no tratamento de rugas, cirurgias plásticas, regeneração de tecidos, cura de feridas, queimaduras e ortopedia. Até recentemente, grande parte do colagénio produzido era de origem animal o que levantava muitas preocupações com as doenças infecciosas transmitidas de animais para os seres humanos, o que em alguns países, como o Japão, levou á proibição do uso de colagénio em humanos de origem animal. Além disso, a Food and Drug Administration (FDA), órgão norte-americano responsável pela segurança de alimentos e remédios, sugeriu a limitação do uso de colagénio de origem animal em intervenções médicas.
A pesquisa mostra muitas vantagens do colagénio derivado de plantas GM – geneticamente modificadas, como o fato de estarem isentas de quaisquer potencial viral. "É mais seguro, mais eficaz em termos de custos e muito mais homogéneo do que utilizar materiais extraídos do tecido", afirmou Oded Shoseyov. Além disso, enquanto a maioria das pessoas tolera colagénio de animais, outras têm reacções alérgicas. Isso é um problema porque significa que todos devem fazer um pré-teste para ver como reage o sistema imunitário, o que demora, normalmente, um mês e como o próprio pesquisador ressalva, quando se trata de estética, os pacientes não querem esperar e em casos como o de queimaduras, o factor tempo é muitas vezes essencial, já que a espera de um mês pode resultar em morte do paciente.
Os testes de toxicologia e de segurança foram bem-sucedidos, pois de acordo com Shoseyov o colagénio transgénico tem mostrado semelhança ao colagénio do tipo 1 presente em tecidos de forma natural.

Opinião Pessoal: Esta notícia só vem mostrar como os OGM e as várias formas actuantes da genética como o DNA recombinante podem ser de grande benefício para o homem e não trazer consequências imensamente negativas como muitas pessoas pensam.